Você acha que realmente gosta de chocolate? Realmente?
Acorda, dorme, anda, faz, fala, age. É, você faz tudo isso. Seus anos têm 365 dias, seus meses têm 30 dias (por vezes 31), seus dias têm 24 horas e suas horas 60 minutos cada, que por sua vez são compostos por 60 segundos e estes por milésimos, até não podermos mais contar. Você tem sábados, que é quando sai pra passear e esquecer da vida, falar besteiras, relaxar. Você tem domingos, que é quando dorme o dia inteiro, assiste televisão, passa o tempo com a família ou com quem quer que seja. E você tem todas as feiras, que é quando reclama do tempo que não passa, da vida que não se ajeita, da correria da rotina dos dias turbulentos e estressantes.
Você tem seus amigos. E estes são diferentes dos amigos do seu vizinho, que são diferentes dos amigos da sua irmã. Isso todo mundo sabe. As pessoas são diferentes, certo? Errado. As pessoas são todas iguais, generalizando. O meio as faz, o meio é a sociedade. Pensam sobre o que conversam, conversam sobre o que pensam, ou não pensam. Chegam a um senso comum de como as coisas devem funcionar, do certo e errado.
Sabe, todas as pessoas do mundo usam roupas, ninguém anda por aí sem elas. Todas as pessoas do mundo são consumistas, compram, amam conforto, acima de tudo e de todos. Todas as pessoas do mundo comem comida considerada de gente, ninguém come merda. De gente. O que é considerado de gente, por todos nós.
Será possível dizer que você realmente gosta daquilo que veste, come, ouve, faz, assiste, pratica? Você gosta de comer salada pra manter sua silhueta como a das atrizes de Hollywood? Você realmente gosta daquilo que faz mal pro seu corpo? Gosta de escutar palavras quaisquer grudadas umas nas outras com um toque de qualquer coisa projetada exclusivamente pra gerar lucro e beneficiar a alguns poucos medíocres? Gosta de ver alguém sendo humilhado, alguém fazendo sexo lhe parece engraçado ou vergonhoso, gosta de ver um palhaço levar um tombo? Gosta de fazer essa faculdade de medicina na qual seu pai te pôs? Ou... Será que alguém colocou isso na sua cabeça? Você não tem opinião própria, gosto próprio, vontade própria. Você foi projetado para ser quem é antes mesmo de nascer.
Era como se fosse uma regra, uma regrinha linda, que todos devem seguir para serem incluídos. Essa regrinha tem um nome. O Sistema.
Se você quiser comer grama como fazem as vacas, e apenas isso pro resto da vida, será tachado de louco. Louco é quem não obedece ao sistema, ou parte dele.
Existir é obedecer ao Sistema. É consequência de nascer. Você nasceu no mundo, o mundo é regido pelos seres humanos, que são regidos pelo Sistema. E não há como fugir.
Livres são os doentes, os loucos, os lúcidos, os pensadores, os filósofos, os pintores, desenhistas, escritores, verdadeiros atores, que sentem, percebem, vêem tudo de maneira mais clara. São as ovelhas negras no meio de infinitas ovelhas brancas.
Não há como fugir. Apenas ignorar, conviver, pra não viver isolado, sem nunca, nunca se esquecer do controle que ele exerce sobre nós. É preferível sofrer por ser um robô a ser um robô e não sofrer.
Acorda, dorme, anda, faz, fala, age. É, você faz tudo isso. Seus anos têm 365 dias, seus meses têm 30 dias (por vezes 31), seus dias têm 24 horas e suas horas 60 minutos cada, que por sua vez são compostos por 60 segundos e estes por milésimos, até não podermos mais contar. Você tem sábados, que é quando sai pra passear e esquecer da vida, falar besteiras, relaxar. Você tem domingos, que é quando dorme o dia inteiro, assiste televisão, passa o tempo com a família ou com quem quer que seja. E você tem todas as feiras, que é quando reclama do tempo que não passa, da vida que não se ajeita, da correria da rotina dos dias turbulentos e estressantes.
Você tem seus amigos. E estes são diferentes dos amigos do seu vizinho, que são diferentes dos amigos da sua irmã. Isso todo mundo sabe. As pessoas são diferentes, certo? Errado. As pessoas são todas iguais, generalizando. O meio as faz, o meio é a sociedade. Pensam sobre o que conversam, conversam sobre o que pensam, ou não pensam. Chegam a um senso comum de como as coisas devem funcionar, do certo e errado.
Sabe, todas as pessoas do mundo usam roupas, ninguém anda por aí sem elas. Todas as pessoas do mundo são consumistas, compram, amam conforto, acima de tudo e de todos. Todas as pessoas do mundo comem comida considerada de gente, ninguém come merda. De gente. O que é considerado de gente, por todos nós.
Será possível dizer que você realmente gosta daquilo que veste, come, ouve, faz, assiste, pratica? Você gosta de comer salada pra manter sua silhueta como a das atrizes de Hollywood? Você realmente gosta daquilo que faz mal pro seu corpo? Gosta de escutar palavras quaisquer grudadas umas nas outras com um toque de qualquer coisa projetada exclusivamente pra gerar lucro e beneficiar a alguns poucos medíocres? Gosta de ver alguém sendo humilhado, alguém fazendo sexo lhe parece engraçado ou vergonhoso, gosta de ver um palhaço levar um tombo? Gosta de fazer essa faculdade de medicina na qual seu pai te pôs? Ou... Será que alguém colocou isso na sua cabeça? Você não tem opinião própria, gosto próprio, vontade própria. Você foi projetado para ser quem é antes mesmo de nascer.
Era como se fosse uma regra, uma regrinha linda, que todos devem seguir para serem incluídos. Essa regrinha tem um nome. O Sistema.
Se você quiser comer grama como fazem as vacas, e apenas isso pro resto da vida, será tachado de louco. Louco é quem não obedece ao sistema, ou parte dele.
Existir é obedecer ao Sistema. É consequência de nascer. Você nasceu no mundo, o mundo é regido pelos seres humanos, que são regidos pelo Sistema. E não há como fugir.
Livres são os doentes, os loucos, os lúcidos, os pensadores, os filósofos, os pintores, desenhistas, escritores, verdadeiros atores, que sentem, percebem, vêem tudo de maneira mais clara. São as ovelhas negras no meio de infinitas ovelhas brancas.
Não há como fugir. Apenas ignorar, conviver, pra não viver isolado, sem nunca, nunca se esquecer do controle que ele exerce sobre nós. É preferível sofrer por ser um robô a ser um robô e não sofrer.
Um comentário:
ah, se durkheim soubesse os tortuosos caminhos pelos quais ele viria a estar certo...
de qualquer forma, só não sei se concordo com você quando você questiona se de fato gostamos daquilo que faz mal a nossos corpos. será que aquilo que nos faz mal não é exatamente a maior expressão da nossa liberdade? melhor: será que aquilo que não é lógico, não é esperado, não faz sentido, não é a liberdade propriamente dita? pelo menos é o que diria daniel, d'a idade da razão...
excelente blog, btw.
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