[Entram a Comédia e a Tragédia, cada qual comportando-se de acordo com sua personalidade já evidente. Comédia fazendo estripulias e sorrindo de forma marcante e exagerada, mexendo com todos os espectadores da platéia. Tragédia bastante emburrada, de cara fechada, lançando um olhar desconfiado para as pessoas que as cercam. Comédia inicia o diálogo].
Comédia: Ó, mas que lindeza! Os pássaros estão a cantar, o Sol está a raiar, as pessoas estão a sorrir, as formigas estão a trabalhar! Ó mas como é bom mover-me, pular, me sentir viva! Que beleza é jogar um sorriso ao amigo que precisa ou ao inimigo que não precisa!
Tragédia: Não sei como pode ser tão ingênua, minha cara. Não sei como consegue sorrir quando crianças estão a morrer, o mundo está a ferver, o fim está a surgir. Com essa preguiça, com essa fome, com esse cansaço eterno, essa rotina que mata, esses dias que nunca acabam, que vão sendo vividos sem começo, nem meio e nem fim.
Comédia: Oras, mas é claro! A melhor solução é não aderir! Que não deixemos as coisas ruins de nós conta tomar, para que vejamos rabugentos em todo lugar! O brilho, a luz, a paz, os sentimentos lindos e tudo que há de mágico prevalece! E ocupa um lugar tão mais especial no coração e no olhar das pessoas que me faz querer gritar de alegria!
Tragédia: Não, não. Frívolas, maquiavélicas e egocêntricas são as pessoas. O superego e o id, juntos, superam o ego sempre que possível. Mais alto fala o autobenefício. Porque não comprar um lindo carro se eu puder? De pouco importa a eles o sofrimento do outro desde que não afete a si mesmo.
Comédia: Como é possível não ver! Relacionamento social qualquer não é mais importante do que a pureza que faz o planeta girar! Do que o caminho de bem e de paz que devemos seguir! Do que o ar puro, o céu azul, a vontade de abraçar o mundo e cuidar dele! O maior, o infinito, o algo mais que temos!
Tragédia: O coração não vê aquilo que a mente não quer que ele veja. A mente do ser humano para o dinheiro está voltada. Capazes de qualquer coisa eles são. Até mesmo de uns aos outros manipular, brincar de uma brincadeira feia chamada sociedade, que engana, que controla, que faz do corpo um robô.
Comédia: O corpo é uma maquina impressionante que a ninguém obedece! Somente aos sentimentos mais profundos da alma transparente e aos pensamentos mais sinceros de um cérebro maravilhoso! É extraordinariamente fascinante, o ser humano e tudo que ele cerca! Aprender sempre coisas novas, ó, mas que lindeza!
Tragédia: Os pensamentos mais sinceros não existem. O que são programados pra pensar, eles pensam. Seus conceitos formados são a partir de uma série de convenções por eles utilizadas. E essas todas convenções e normas, essa falta de pensar, esse ciclo repugnante através do qual vive o ser humano o faz esquecer de todas as coisas que o cercam.
Comédia: Todas as coisas são maiores do que o próprio ser! É uma perfeição, é grande! Todas as cores que enfeitiçam os olhos, os gostos que arrancam suspiros, os cheiros que capta o nariz, as texturas que fazem de tudo real, os sons graves, agudos, o vento, a liberdade, o correr, o sentir que tudo vale. O sexto sentido, que intui, que percebe, que guia! A vida, o mundo, a individualidade... é por tudo, tudo isso que cá estamos nós!
Tragédia: É por tudo, tudo isso que cá nós não devíamos estar. Os animais homo erectus são uma maldição. É um fator destrutivo que tanto destrói, tanto que chega a pulverizar sua própria vida todos os momentos. Seu habitat. Sua ambição mata, o enlouquece. O Tudo não merece um parasita, uma praga, um sistema, um livro de regras.
Comédia: Por mais que você negue, antítese minha, eu sou necessária. Mais do que necessária, eu existo, e é graças a mim que a humanidade ainda não tomou fim!
Tragédia: E por mais que você negue, paradoxo meu, eu sou necessária. Sou eu quem puxa o aprendizado, por mais duro que este seja, e é graças a mim que a humanidade vai tomar seu fim.
Comédia: O Bem. O Otimismo. Que faz parte do mundo.
Tragédia: O Mal. O Pessimismo. Que também faz parte do mundo. Tanto quanto você.
Comédia: De fato... Somos também humanas. E ambas fazemos parte de nós mesmas.
Tragédia: E é através desse conceito humano que vivemos. Um meio termo entre a comédia e a tragédia, o bem e o mal, o otimismo e o pessimismo.
[De mãos dadas, entrelaçadas, quase unidas, quase transmutando-se em siamesas, saem de cena Comédia e Tragédia].Comédia: Ó, mas que lindeza! Os pássaros estão a cantar, o Sol está a raiar, as pessoas estão a sorrir, as formigas estão a trabalhar! Ó mas como é bom mover-me, pular, me sentir viva! Que beleza é jogar um sorriso ao amigo que precisa ou ao inimigo que não precisa!
Tragédia: Não sei como pode ser tão ingênua, minha cara. Não sei como consegue sorrir quando crianças estão a morrer, o mundo está a ferver, o fim está a surgir. Com essa preguiça, com essa fome, com esse cansaço eterno, essa rotina que mata, esses dias que nunca acabam, que vão sendo vividos sem começo, nem meio e nem fim.
Comédia: Oras, mas é claro! A melhor solução é não aderir! Que não deixemos as coisas ruins de nós conta tomar, para que vejamos rabugentos em todo lugar! O brilho, a luz, a paz, os sentimentos lindos e tudo que há de mágico prevalece! E ocupa um lugar tão mais especial no coração e no olhar das pessoas que me faz querer gritar de alegria!
Tragédia: Não, não. Frívolas, maquiavélicas e egocêntricas são as pessoas. O superego e o id, juntos, superam o ego sempre que possível. Mais alto fala o autobenefício. Porque não comprar um lindo carro se eu puder? De pouco importa a eles o sofrimento do outro desde que não afete a si mesmo.
Comédia: Como é possível não ver! Relacionamento social qualquer não é mais importante do que a pureza que faz o planeta girar! Do que o caminho de bem e de paz que devemos seguir! Do que o ar puro, o céu azul, a vontade de abraçar o mundo e cuidar dele! O maior, o infinito, o algo mais que temos!
Tragédia: O coração não vê aquilo que a mente não quer que ele veja. A mente do ser humano para o dinheiro está voltada. Capazes de qualquer coisa eles são. Até mesmo de uns aos outros manipular, brincar de uma brincadeira feia chamada sociedade, que engana, que controla, que faz do corpo um robô.
Comédia: O corpo é uma maquina impressionante que a ninguém obedece! Somente aos sentimentos mais profundos da alma transparente e aos pensamentos mais sinceros de um cérebro maravilhoso! É extraordinariamente fascinante, o ser humano e tudo que ele cerca! Aprender sempre coisas novas, ó, mas que lindeza!
Tragédia: Os pensamentos mais sinceros não existem. O que são programados pra pensar, eles pensam. Seus conceitos formados são a partir de uma série de convenções por eles utilizadas. E essas todas convenções e normas, essa falta de pensar, esse ciclo repugnante através do qual vive o ser humano o faz esquecer de todas as coisas que o cercam.
Comédia: Todas as coisas são maiores do que o próprio ser! É uma perfeição, é grande! Todas as cores que enfeitiçam os olhos, os gostos que arrancam suspiros, os cheiros que capta o nariz, as texturas que fazem de tudo real, os sons graves, agudos, o vento, a liberdade, o correr, o sentir que tudo vale. O sexto sentido, que intui, que percebe, que guia! A vida, o mundo, a individualidade... é por tudo, tudo isso que cá estamos nós!
Tragédia: É por tudo, tudo isso que cá nós não devíamos estar. Os animais homo erectus são uma maldição. É um fator destrutivo que tanto destrói, tanto que chega a pulverizar sua própria vida todos os momentos. Seu habitat. Sua ambição mata, o enlouquece. O Tudo não merece um parasita, uma praga, um sistema, um livro de regras.
Comédia: Por mais que você negue, antítese minha, eu sou necessária. Mais do que necessária, eu existo, e é graças a mim que a humanidade ainda não tomou fim!
Tragédia: E por mais que você negue, paradoxo meu, eu sou necessária. Sou eu quem puxa o aprendizado, por mais duro que este seja, e é graças a mim que a humanidade vai tomar seu fim.
Comédia: O Bem. O Otimismo. Que faz parte do mundo.
Tragédia: O Mal. O Pessimismo. Que também faz parte do mundo. Tanto quanto você.
Comédia: De fato... Somos também humanas. E ambas fazemos parte de nós mesmas.
Tragédia: E é através desse conceito humano que vivemos. Um meio termo entre a comédia e a tragédia, o bem e o mal, o otimismo e o pessimismo.
2 comentários:
Bacana o texto!
Mas me diga, daquele tanto de músicas e cantores, quantos você conseguiu identificar? (:
não vou mentir,foi uma ótima idéia...e não é que é verdade mesmo?quem não vive com 2 lados?
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