Nunca fui controlado. Estímulos que me envolvam emocionalmente tocam a lua e o rio em mim. Pensar e agir não são opções viáveis, sou movido por reações espontâneas. Calmaria não é questão de escolha. Coisas maiores que minha consciência cercam meu umbigo e implodem, provocando alterações químicas por todo o organismo vivo. Sou muito dionisíaco. A cachoeira afoga a terra e a deixa instável. Quando almas que tocam a minha dependem da bioluminescência que emana de mim, eu decepciono. Perco as rédeas que nunca encontrei e fico frustrado por deixar o animal furioso correr para o abismo. Quero segurá-lo, não quero que ele morra, sei que vai morrer. Faço com que ele corra mais rápido, desfaleço. A culpa é toda da reação, agonia, reação. Espaçamento entre letras é insegurança e a inabilidade de conviver com ela. Gostaria de poder dormir.
Ser Humano.
Ser Humano.
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