Cá escrevo, da minha inércia soterrada. Não li o suficiente para criar uma personagem decente, cheia de problemas e conflitos para provar-se humana. Ao sol, estão meus livros empilhados sobre papéis amassados e com cheiro de coisa velha. Soa forçado... Até mesmo quando se fala de morte. Era domingo; nas palavras inocentes de um menino morre um homem e, simultaneamente, uma abelha que, atraída pelo doce, caiu no copo de refrigerante. Enquanto o inseto se debatia inutilmente por entre as bolhas do gás que subia, tocavam as pombas fúnebres e mórbidas da incredulidade. A abelha queria comer. O homem decidiu pela morte ao sofrimento. Era a natureza tomando seu curso, ao que diriam alguns, "Uma ova!". A quantidade do que se vê é grande, e os fatores acabam por se misturar... O corpo humano, com toda sua fragilidade, faz beleza e deixa em transe. A composição harmônica das linguagens expressivas e o céu azul visto de cima tornam-se algodão doce e o oceano. Parece cruel deixar de lado. Mil palavras poderiam ter sido derramadas, mas temos aqui um mísero registro. É a tal ordem natural do Universo, e meu eu-lírico tornando-se minha própria personagem.
domingo, 2 de maio de 2010
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