Sou uma criança esfomeada e desnutrida cujo estômago esqueceu-se de roncar. Procuro por torneiras para abrir e deixar jorrar toda espécie de colapso que possa me fornecer a necessidade indispensável.
A continuidade do tempo é proporcional à espessura da ligação. Rompê-la por covardia é frustrante: confirma um ciclo infinito de relações mortas pela dificuldade desafiadora de mantê-las. A descoberta de mundos só seria argumento se para descobri-los não fosse necessária a junção de duas cores. Não há como usufruir simultaneamente do sentimento revigorante e da liberdade de ser sua própria, medrosa e superficial cor. Ser incompleto é uma sina.
Achei minha porta, mas sua respectiva chave não existe. "Dessa vez eu vou tentar sorrir, nem que seja só pra constatar que eu não consegui".