sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Outra canção tristonha

Sou uma criança esfomeada e desnutrida cujo estômago esqueceu-se de roncar. Procuro por torneiras para abrir e deixar jorrar toda espécie de colapso que possa me fornecer a necessidade indispensável.
A continuidade do tempo é proporcional à espessura da ligação. Rompê-la por covardia é frustrante: confirma um ciclo infinito de relações mortas pela dificuldade desafiadora de mantê-las. A descoberta de mundos só seria argumento se para descobri-los não fosse necessária a junção de duas cores. Não há como usufruir simultaneamente do sentimento revigorante e da liberdade de ser sua própria, medrosa e superficial cor. Ser incompleto é uma sina.

Achei minha porta, mas sua respectiva chave não existe. "Dessa vez eu vou tentar sorrir, nem que seja só pra constatar que eu não consegui".

12 comentários:

Anônimo disse...

Você é preciosa, leio todo os seus textos. Intimista. Ainda lerei um livro seu.

Eu sou,
um estudante.

Anônimo disse...

Nossa, altos anônimos carentes aqui. Até parei de comentar, virei mais um. Mas fazer o que, pedir exclusividade de anonimato é exagero né =P. Enfim, acho q vc, apenas por "sua própria cor", muda e influencia infinitamente o mundo a sua volta, mesmo sem querer. Sua própria presença, em sua singularidade, causa um efeito, que tanto extremo quanto sutil que afeta todos ao seu redor, de modo que apenas a forma que vc deixa de agir é um jeito de transformar um dia inteiro de uma pessoa a sua volta. Prova disso é que já já tem todo um fã clube de anônimos aqui. kkkk. De qqr forma, outro dia passei uns bons 5 minutos parado atrás de vc e vc nem notou, sua prega u.u. Me pergunto quem é meu concorrente...^^'

Anônimo disse...

hihihi. Fique tranquilo admirador secreto, sou só um leitor admirado. E renovo minha opinião, essa menina tem de tudo pra fazer vanguarda. Escreve mais! Sucesso. :)

Francis Espíndola disse...

awn, muito obrigada pelos comentários bonitos e estimulantes. fico muito feliz em saber que minhas palavras carregam consigo alguma forma de verdade. obrigada por apreciar meu trabalho, anônimo 1.
e anônimo 2... se eu não notei, não foi por mal! juro! porque você não falou comigo?

Anônimo disse...

Ahh..Pq ñ tinha mto o q falar, pra dizer a vdd ^^". Parei perto de vc por acaso, um amigo meu estava falando com um seu. Essas pequenas ironias do destino, não sabia se ria ou se chorava x.x. De qualquer forma, antes um amor platônico do que uma decepção, prefiro ficar como está. S2

Francis Espíndola disse...

juro que estou me esforçando pra descobrir sua identidade verdadeira. um dia eu consigo (:

João Expletivo disse...

Ui! Romance! ô_õ

Juliana Amado disse...

Você está ficando craque, não mais pequena Francis. Seus textos são tão, tão profundos que tem que ler mais de uma vez para entendê-los.

Ana lendo muito Gaarder e João Gilberto Noll?

Anônimo disse...

AH! A dor e a alegria de vê-la, e saber que não me vês! Em uma faca de dois gumes, entro em sua presença e extasio-me; mesmo que silenciosamente. Admiro-a, e penso em como sou feliz, que chegar àquele ponto valeu a pena. Olho e vejo toda minh’àlma refletida em seus olhos. Por um momento, mesmo que por um apenas, me completo, me percebo, acalmo-me. Porque esse momento, fugaz e etéreo, me evade do pensamento. Passado esse instante de embriaguez, enxergo a triste realidade. Não sou páreo. Não pertenço. Mal me encaixo. Em um para sempre de agonia, debato-me com meus pensamentos. Não pode ser verdade. Não deve! E ao te ver de novo, reafirmo-me. É. Pranteio-me, te observo, por mais que sutilmente, o que pode ser a última vez q irei vê-la de verdade. Lanço-te um último relance. Mate-me. Recuso-me a uma simples coexistência, a vê-la passar seguindo seu mundo sem mim. Em um último porém desconhecido, dou-lhe minhas costas, de provável o ato mais duro que cometi naquela noite. Choro meu caminho de volta para casa, sonhando com o que poderia ter sido, engolindo minhas desilusões amargas. Que nunca mais me veja, sabendo que um dia a vi. Termino com um simples, clichê, sincero, Adeus.
P.S.: Aposto que agora já sabe quem sou. De qualquer forma não faz diferença, em teoria será minha última mensagem.

João Expletivo disse...

Posso dar uma orientação a seu anônimo, she?
Veja, rapaz... *oferece-lhe o divã*
Às vezes... *conta uma longa história*
Entende? õ_õ
Ok.

Francis Espíndola disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Francis Espíndola disse...

fiquei uns 5 minutos parada olhando pra esse quadradinho branco e não consegui pensar em coisas boas o suficiente pra dizer. só agradecer, eu acho, por fazerem que eu me sinta especial de um jeito muito bom.
anônimo, não seja radical. as coisas podem ser tão bonitas...
e roberto, é lindo saber que eu inspiro alguém a tal ponto.

obrigada.