segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Domingo

Ruído inconsciente, real e sonolento. Janela, bom dia, casaco cinza e cara de baunilha. Croissant com geléia de amora e café com samba. Cortina rosa perto das notícias no rádio. Antares, a estrela maior que o sol e o lugar das antas. Guitarras que hipnotizam e palavras. Desenvolvimento musical pessoal. Abraços fraternos, caminhadas e sustos. Atos de gente livre repletos de simpatia alheia. Nostalgia, graças. Moeda e pedido na rosa de John Lennon. Fotos de gente que fez história. Canto despreocupado movido por instrumentos vivos em meio a gente que não entende. Linhas invisíveis que dividem coisas flutuantes e sem parâmetro. Investimento espontâneo sem mágoa. Cheiro ilusório de chuva. Pressentimento enganoso e psicológico. Sorriso que compensa tudo, tênis com detalhe azul. Esquerda e direita de difícil remoção. Castanha. Árvores e luzes estratégicas, lago e luzes refletidas. Compreensão mútua, conversas. Carinho e cappuccino, batata frita e molho de queijo. Conclusões surpreendentes, câmera invisível e astrologia. Completude. Tempo, barata, boa noite. Chocolate. Bloco de notas, ainda não terminou.

2 comentários:

Carol disse...

você não falou sobre o seu domiiiiingo!!
nossa, acho que eu sei a sensação estranha que você disse. É como se sentir bem com todas as coisas organizadas e sentir que tudo ao seu redor está em perfeita sintonia

Ah, como eu queria ter isso mais vezes...

Juliana Amado disse...

Parabéns, você escreveu um texto sem verbos! Sem predicados.

Sobre o texto, embora não haja frases completas com sujeitos e predicados, dá pra imaginar cenas e situações.
Gostei!