Um dia haverá nada. Seres humanos gordinhos, engasgados de lixo prateadodouradoperoladobanhadoaseiláoque, cuspirão seu refluxo podre nas ninfas da floresta, que, afogadas, padecerão, matando consigo todo o ar de mistério e sintonia natural que preenchiam o planeta. Os gorduchos de sistema nervoso diferenciado fazem parte de algo muito maior que todos eles juntos (mesmo com tamanha obesidade e gorduras excessivas). Mas isso, por estarem ocupados mordendo suas coxinhas de carniça e com olhos brilhando refletidos nas vitrines, ignoraram. Foi um caso de suicídio coletivo relativamente acidental. E então houve nada.
A crosta que envolve energia pulsante tornou-se opaca sem seus fiapos coloridos que sempre flutuaram pela atmosfera e transitaram entre corpos vivos. Talvez alma alguma jamais retornasse ao teatro que cedeu palco a tal show de horrores e massacre de luzes.
Gordinhos magros metidos a sabidos diziam a gordinhos gordos que a Terra era diferente dos planetas X e Y porque nela havia água. Havia, é. X e Y também são teatros, distantes 20 quarteirões para longe. E se as peças neles representadas tiverem sido prévias da Peça do Fim da Vida na Terra? Essas bolotas voadoras imóveis do vácuo podem ter sido palcos de catarses inarráveis se todos os seus fiapos forem coloridos do mesmo modo que a coloração dos fiapos dos gordinhos humanos. Podem sim.
É sempre reconfortante pensar na transparência como uma realidade possível para mini-fiapos como eu. Não querer acreditar no fracasso do amor cósmico no palito de fósforo em expansão é iminente e espontâneo para que um dia meu filme tenha letrinhas subindo pela tela.
A crosta que envolve energia pulsante tornou-se opaca sem seus fiapos coloridos que sempre flutuaram pela atmosfera e transitaram entre corpos vivos. Talvez alma alguma jamais retornasse ao teatro que cedeu palco a tal show de horrores e massacre de luzes.
Gordinhos magros metidos a sabidos diziam a gordinhos gordos que a Terra era diferente dos planetas X e Y porque nela havia água. Havia, é. X e Y também são teatros, distantes 20 quarteirões para longe. E se as peças neles representadas tiverem sido prévias da Peça do Fim da Vida na Terra? Essas bolotas voadoras imóveis do vácuo podem ter sido palcos de catarses inarráveis se todos os seus fiapos forem coloridos do mesmo modo que a coloração dos fiapos dos gordinhos humanos. Podem sim.
É sempre reconfortante pensar na transparência como uma realidade possível para mini-fiapos como eu. Não querer acreditar no fracasso do amor cósmico no palito de fósforo em expansão é iminente e espontâneo para que um dia meu filme tenha letrinhas subindo pela tela.
4 comentários:
queria conseguir absorver mais dos seus textos. gostei muito desse :/
curto muito coxinhas de carniça, btw.
gostei do termo 'coxinhas de carniça',achei que valia comentar..
Mas eu,como um alguém muito otimista e ignorador de realidades,ainda não tinha parado pra pensar no fim do mundo. Interessante. *cara de esperta*
queria conseguir absorver mais dos seus textos. -2
eu sempre fico com uma sensação boa depois de ler seus textos,por isso mesmo.
Não penso no fim do mundo. Como eu procuro fazer a minha parte, procuro acreditar que hei de me salvar dentro desse mundo.
Mas essa crônica ficou meio literária-política. Interessante.
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